Um policial penal foi baleado nas costas por dois homens quando chegava em casa após o trabalho, na manhã desta segunda-feira (28), no Jardim Belo Horizonte, extremo zona sul de São Paulo. O agente está internado em estado grave, mas o quadro de saúde é estável.
O caso ocorreu um mês após a Sintonia Final Geral, que é o grupo de liderança máxima do Primeiro Comando da Capital (PCC), composto pelos fundadores e sucessores da facção, emitir uma ordem por meio de uma carta, em “caráter de urgência”, contra agentes penitenciários.
O jornalismo do SBT teve acesso à correspondência, que foi interceptada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) na Penitenciária de Parelheiros, local onde a vítima trabalha.
Na mensagem, datada do dia 17 de setembro de 2024, conhecida como "salve geral", a Sintonia Final afirmou que está sendo reprimida nos presídios e prometeu "represálias nas ruas". Uma das reclamações é sobre o tratamento de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na penitenciária de segurança máxima de Brasília.
O Comando pediu para que os integrantes da facção realizassem um levantamento de informações, em 30 dias, do nome e endereço de policiais penais que trabalham em presídios que usam bloqueadores de celular.
Com os detalhes sobre os agentes penais, a liderança do PCC afirmou que tomaria providências, determinando quem seriam os criminosos que cometeriam os assassinatos.
Além disso, um dos pedidos do levantamento sobre as unidades prisionais é se os locais possuem churrasqueira. A carta cita a ação com "caráter de vingança".
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que investiga o caso como tentativa de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. No entanto, ao SBT, Fábio Cesar Ferreira, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP), disse que os tiros foram uma tentativa de execução.
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